segunda-feira, 27 de abril de 2009

Resíduos Nucleares

É imperativa a necessidade de ser considerada esta problemática em face da decisão da produção de energia nuclear em Portugal ou em parceria com Espanha
Assiste-se, neste momento, à discussão sobre a utilização da energia nuclear como forma para dar resposta à crise energética que caracteriza a vida económica mundial. Pelo que diz respeito ao nosso país, é fundamental que seja discutida a problemática relativa às normas de segurança que se impõem a este tipo de fonte energética e relacionada com os resíduos nucleares o que motivou no início do presente decénio um protesto da INTERNATIONAL PHYSICIANS AND HEALTH PROFISSIONALS que denunciou as consequências da Guerra do Golfo e do Iraque sobre as populações que sofrem.
Os efeitos da utilização de material radioactivo, através da utilização das bombas de explosão em profundidade, chamadas Nucks, e que provocaram a morte a 111000 pessoas, das quais 70000 eram crianças com menos que 15 anos.
A contaminação com resíduos radioactivos, particularmente de urânio empobrecido, conspurca os solos, a água e o ar respirável, motiva a diminuição das defesas contra doenças epidémicas, como a cólera, febre tifóide, malária, poliomielite e diversas hepatites.
Acresce que o número e a variedade de mal formações congénitas de filhos de soldados conspurcados durante a guerra, e que conceberam imediatamente a seguir ao contacto com resíduos radioactivos, alerta para as consequências do contacto com estes resíduos.
Penso que é imperativa a necessidade de ser considerada esta problemática em face da decisão da produção de energia nuclear em Portugal ou em parceria com a Espanha.
A criação de um espaço próprio para receber e tratar os resíduos radioactivos consequentes da produção desta energia é um pressuposto fundamental da decisão como o afirma a Associação dos Médicos Portugueses para a Prevenção da Guerra Nuclear, a que presido.

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